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sexta-feira, 29 de março de 2013

Genética Dos Periquitos Australiano

Genética dos periquitos australianos

Boa galera, falar de genética não é tão fácil como imaginamos, como diz meu professor de biologia: Genética é como uma escada, vocês não pode subir pulando, pois corre o risco de cair, o certo é ir subindo degrau por degrau. E é isso que vamos fazer. Primeiramente vamos saber o significado de algumas palavras/expressões que fazem parte do vocabulário da Genética ao qual vamos precisar dominar.

Conceitos Básicos:

• Genótipo e Fenótipo: Genótipo são as características que herdamos dos nossos ancestrais e o Fenótipo é o que vemos. Vamos exemplificar?
Imaginem duas pessoas ruivas de cabelos longos e olhos pretos, elas resolveram ficar de acordo com a moda e para isso precisaram mudar o visual, ambas colocaram lentes azuis e deixaram o cabelo curto. Vejam só, genotipicamente elas são ruivas de olhos pretos e cabelos longo mas fenotipicamente elas são ruivas de olhos azuis e cabelo curto. Percebam que o genótipo é inalterável, nunca vai mudar. Já o Fenótipo delas pode sofrer ao decorrer do tempo varias variações. Assim também acontece com os periquitos, vamos agora imaginar um periquito Ino Ar, visualmente não dá pra saber que existe a mutação Ar por trás do ino, vemos apenas um periquito Ino, mas existe mais uma mutação lá, ou seja, fenotipicamente ele é um Ino, mas genotipicamente ele é um Ino Ar.

• Alelos: Todos nós, organismos vivos, temos em nosso código genético um conjunto de 26 cromossomos e este se encontra duplicado em cada célula animal. Os 26 cromossomos estão associados em 13 pares e os pares de cada gene são chamados de alelos. É importante destacar que cada gene é responsável por uma característica da ave, representa uma mutação, ou seja, cada mutação tem o seu gene especifico, portanto uma não pode ficar no local da outra.

• Alelos Múltiplos: Nem sempre acontece como eu disse logo a cima, existem casos específicos em que um alelo pode representar duas ou três mutações. São estes:

~► Asa cinza, asa clara e diluído
~► Ino e Corpo Claro
~► Faces amarelas Tipo I, II e III

Vamos entender melhor? Justamente por serem alelos múltiplos um periquito jamais será visualmente um Face amarela I e III, nem Diluído asa cinza e muito menos Ino e Corpo claro. Vale lembrar que isso ocorre apenas visualmente, pois como já vimos o genótipo não pode ser alterado logo genotipicamente um periquito pode ser as duas mutações.

Porque os alelos múltiplos não podem se manifestar visualmente?

Ocorre certa relação de dominância com os alelos múltiplos, ou seja, um domina o outro.
Se um periquito for, por exemplo, um Ino Corpo claro, visualmente só se manifestará a mutação Corpo claro, pois Corpo claro domina o Ino.
Assim como o Gold Face domina o Face Amarela tipo II e a face Amarela II domina a tipo I.
Como toda a regra existe uma exceção, a relação de dominância não funciona com duas mutações: Asa cinza e Asa clara. Ou seja, visualmente um periquito pode ser essas duas mutações, metade de cada uma. Porém asa cinza e asa clara dominam o Diluído.

Esse foi o nosso primeiro degrau dessa escada que denominamos genética, passaremos agora ao estudo das cores dos periquitos.

Coloração dos periquitos:

Como muitos já sabemos, o famoso periquito australiano em sua forma selvagem era encontrado apenas na cor verde. Estes periquitos selvagens são considerados homozigóticos (tem dois alelos iguais do mesmo gene) e quando cruzados com periquitos azuis seus filhotes são considerados heterozigóticos ( tem dois alelos de gene diferente, um gene verde e outro azul), A cor verde do periquito é considerada dominante em relação à cor azul.

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