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sexta-feira, 29 de março de 2013

Comportamento Dos Periquitos Australiano P/3


Limpeza do bico: A limpeza do bico é feita normalmente depois de uma refeição. Mas pode também ser uma maneira de tirar algo incomodativo do bico, roçando-o no poleiro, num objeto ou numa grade;

Morder: Quando os pássaros são jovens, estão numa fase em que mordem quase tudo o que possam encontrar. Os bicos das aves estão cheias de terminações nervosas, e estes são usados para sentirem a textura, o sabor, objectos... Nesses casos, estas mordidas pequenas, não podem ser consideradas como agressividade, mas sim como experiência. Estas pequenas mordidas nos nossos dedos podem tornar-se em agressividade, e uma das formas eficazes de evitá-la é direcionar o periquito para um objecto ou brinquedo que possa ser mordido, de forma a desviar a atenção da ave do nosso dedo. Com periquitos mais velhos, o morder é uma forma de mostrar descontentamento. Pássaros que mordem, fazem-no por alguma razão. A ave pode sentir-se ameaçada, assustada, pode sentir inveja... os pássaros podem morder inclusive durante a fase da postura dos ovos, para proteger o ninho ou quando o dono faz algo que a ave não aprova. O instinto dos pássaros é fugir face a um intruso, e algumas vezes como forma de encorajar o seu companheiro a fugir também, a ave morde o dono para encorajar a fuga. Se o pássaro não conseguir chegar a um objecto que quer, morde o que está mais perto, ou seja, a nossa mão. Quando encoraja o periquito a subir para a sua mão, não confunda um bico aberto, como agressividade. O pássaro está simplesmente a utilizar o bico como suporte para subir, e se mesmo na mão dá pequenas dentadinhas, estas podem ser um teste á resistência da mão, para que tenham a garantia de que estão assentes em algo seguro. (esta questão está a ser aprofundada noutros posts relativos á agressividade)

Cantarolar: Quando os pássaros cantam, assobiam, chilreiam, são tudo sinais de contentamento, de felicidade e de segurança com o que os rodeia. Geralmente este comportamento é mais frequente durante o nascer do dia, á tarde quando o sol se põe, mas pode acontecer em todas as alturas que o pássaro se sente especialmente exuberante e feliz!;

Regurgitar: Quando feito na presença ou perto de um pássaro ou humano, significa normalmente, que o pássaro o(a) escolheu como parceiro(a) e que o(a) quer alimentar. Este comportamento pode também ser feito num objecto ou brinquedo preferido. Esta actividade pode ser notada, quando o pássaro gesticula com a cabeça para dentro e para fora como forma de trazer comida do papo, que depositará na boca do companheiro. Esta também é a forma de os pais alimentarem os filhos. Pode também constatar que algumas vezes depois do regurgitamento, sobram algumas sementes que caíram no poleiro, que podem mais tarde ser comidas também;

Movimentar o pescoço: O movimentar do pescoço e da cabeça para cima e para baixo durante o cantarolar, é típico dos periquitos. Fazem-no de maneira bastante engraçada e quase parece que dançam com a cabeça num movimento fluído. Por outro lado, também o fazem enquanto permanecem quietos, a observar com curiosidade o que os rodeia;

Limpeza das Penas: É algo essencial para manter as penas em condições óptimas. Para tal, o que os periquitos fazem, é passar o bico pelas penas desde a base até ao topo destas, para as limpar e endireitar. Os periquitos e alguma aves possuem uma glândula oleosa na base das penas da cauda, pegam nesse oléo e espalham-no pelas penas para criar um protector que mantém as penas bonitas e que impede a água de se infiltrar nestas, em vez de a absorver. Como já foi dito, os periquitos também limpam as penas um dos outros, mostrando carinho, e podem também fazê-lo em humanos, por exemplo no cabelo. Contudo esta limpeza natural de penas, não deve ser confundida com outro comportamento destrutivo que algumas aves demonstram quando estão severamente deprimidas, que é o caso de pássaros que mordem as asas e as cortam até á base, perto da pele ou directamente no folículo da pena. E também existe outro comportamento destrutivo, que é quando o pássaro arranca as penas completamente. Quando os pássaros exibem este tipo de comportamento destructivo, precisam de ajuda o mais depressa possível;

Asas para baixo: Isto é um comportamento que pode ser observado em periquitos muito jovens que ainda não aprenderam a manter as asas perto do seu corpo. É também um comportamento frequente quando os periquitos acabaram de tomar banho, põem as asas para baixo numa tentativa de as secar. Se nenhuma das seguintes situações se aplica, o pássaro poderá estar a sentir-se demasiado quente, ou estar deprimido. Asas para baixo acompanhadas de sentar no poleiro ou no fundo da caixa da gaiola é sinal de que o pássaro está doente e necessita de ajuda médica urgente;
Tremer subtil de asas: Isto é um comportamento que pode indicar medo, nervosismo, incerteza ou falta de confiança. Pássaros que apresentam isto deverão ser lidados com muita calma, falar num tom de voz leve e relaxante;

"Marchar": Claro que não é no sentido literal da palavra... este tipo de "marcha" é geralmente um caminhar rápido, e pode ter dois significados conforme a linguagem corporal do pássaro: a) caminhar até uma pessoa ou pássaro com a cabeça para baixo é um comportamento agressivo, cujo objetivo é assustar o intruso até que este saia; b) caminhar até uma pessoa ou pássaro com a cabeça para cima é uma forma de o pássaro demonstrar prazer na presença de um pássaro ou humano, e pode significar um convite para a brincadeira ou para que lhe coce a cabeça;
Tentei tornar a lista o mais completa possível. Recolhi os dados fundamentais deste site e do livro "ABC dos Periquitos" de Annette Walter. Espero que com esta lista se torne mais atento e compreenda melhor o que cada comportamento significa, para que possa ter uma relação ainda mais feliz com o seu pássaro.


                                       Fonte: Fórum Nação dos Pássaros

Comportamento Dos Periquitos Australiano P/2

Espirro: Por vezes, o periquito produz um som parecido com um espirro. O espirro pode ser por pó, irritação nasal, pequeno inseto, penas na cavidade nasal ou limpeza das vias nasais. Demasiados espirros e presença de muco nasal poderão ser sinal de doença, por isso tenha atenção quando o periquito espirra;

Sacudir as penas: A limpeza da plumagem termina sempre com um sacudir das penas eriçadas. Depois de as pequenas partículas de pó ter sido solta pelo bico, este movimento faz com essas partículas caiam no chão. Contudo este movimento não tem a única funcionalidade de limpeza... os periquitos sempre que começam algo novo agitam o corpo. Se por exemplo estava em repouso e depois decide descer de um poleiro para o outro para ir beber um pouco de água, sacode as penas antes de o fazer. Pode também ser uma forma de aliviar o stress. Em momento de angústia ou inquietação, o periquito sacode-se até a tensão passar;

Afiar o bico: Freqüentemente o periquito afia o bico depois de comer e/ou entre as refeições, pousado no poleiro. É uma forma de limpeza bem como de conservação da ponta do bico. É por isso que é importante termos sempre algo pronto na gaiola para que possam afiar o bico, seja osso de choco, uma pedra própria, ramos naturais, etc... Durante este afiar, se estiver atento é perceptível um suave rangido com o bico, que pode também preceder o descanso e que pode também ser ouvido durante o sono. É sinal de satisfação e bem-estar completos;

Cuidar da cauda: Sendo o próprio periquito que limpa as penas da cauda, as lubrifica e alisa com mais freqüência, este não permite que nenhum companheiro o faça por ele. Por isso, a cauda tem um valor especial. A cauda por si só, é um sensor que dá informações ao periquito da localização por contacto de um objeto ou de um ser vivo. Por isso se quer ganhar a confiança do periquito evite mexer-lhe na cauda. A importância da cauda é também visível na altura do acasalamento. Quando demonstra vontade de acasalar, o macho tenta pisar a cauda da fêmea, que se esquiva habilmente, sem ter de ser agressiva;

Sinal de alarme e gritaria: Bem conhecidos e audíveis, os gritos dos periquitos não possuem ainda uma razão plausível que os explique. No entanto existem várias possibilidades: poderá ser por excitação, poderão ser gritos de conversa com outros periquitos, pode ser uma tentativa de mostrar domínio a outros periquitos ou outras aves. Nos gritos de excitação, os periquitos emitem gritos de alarme estridentes, que são acompanhados de vôos rápidos dentro da gaiola. Com base naquilo que vejo, estes vôos rápidos podem muito bem ser surtos de energia que têm de ser "descarregados" na altura. Estes gritos de alarme tanto podem ser os tais surtos de energia, como pode ser um comportamento que ainda perdura desde a sua origem, apesar das várias gerações de periquitos domesticados, como aviso de alguma ave de rapina. (tenham em atenção que eu proponho que quando não existe ave de rapina á vista, estes vôos rápidos podem ser surtos de energia) Na natureza, os periquitos entendem-se através de determinados gritos e mantêm assim contacto entre si. Alertam-se mutuamente para a presença de inimigos através de gritos e alarmes curtos e estridentes. Gritaria excessiva poderá ser bem como a agressividade, um sinal de que algo falta no ambiente do seu periquito. Algumas pessoas queixam-se do barulho que fazem alguns papagaios... tenham em conta donos de periquitos, que as vossas aves, embora pequenas, quando se querem fazer ouvir, fazem-no também bastante bem Smile Analise bem a situação antes de tomar conclusões precipitadas. Não adianta mandar os periquitos calar, ou gritar com eles, porque entenderão essa gritaria como uma espécie de comunicação, nessa situação específica. Se ele grita e você também grita, está a reforçar o comportamento, ao "auto-incluir-se" numa situação de comunicação em bando. Não grite com o periquito, porque além de não ser solução, em certas situações pode ser stressante para o pássaro;

Pupilas dilatadas: As pupilas dilatadas ou que reduzem e dilatam rapidamente podem ser sinal de agressividade, excitação, nervosismo ou contentamento. Preste muita atenção aos sinais que acompanham as pupilas dilatadas para determinar com rigor a sua causa do comportamento. Se o seu pássaro está com as penas da cauda abertas em leque, este é um aviso bem claro de que ele não quer que se aproxime. Se persistir depois de este aviso, é quase certo de que será mordido(a). O seu pássaro pode demonstrar este comportamento em relação a outro pássaro, um animal ou um humano com o qual não se sinta seguro;

"Rosnar": Que não se pense que os periquitos rosnem como os cães, neste caso, a palavra foi empregue para simbolizar o som que o periquito faz. Tal como os cães rosnam quando estão prestes a atacar, os periquitos emitem um aviso também claro de que um ataque está eminente. É um som bem perceptível, quando os periquitos lutam entre si ou quando algo de que não gostam se aproxima deles. É mais uma vez, outro tipo de aviso, que significa que não quer que se aproximem dele. No caso particular de lutas entre periquitos, este tipo de som é freqüente e pode ser acompanhado de pupilas dilatadas, penas do pescoço eriçadas, bicos abertos e no caso de lutas entre machos, se a luta for grande, estes agridem-se mutuamente com as patas no ventre. Em casos mais extremos, os periquitos atiram-se um contra o outro, agarram-se muitas vezes nas patas do "oponente" e agridem-se com os bicos;

Penas eriçadas: Excluindo o eriçar exclusivo das penas do pescoço, que significa agressividade, quando os periquitos têm as penas levemente eriçadas, que é comportamento habitual, isto significa que o pássaro está relaxado. Pode também ser um comportamento visível, quando os periquitos estão a ser coçados por um companheiro ou por um humano, que indica contentamento. Por favor não confunda as penas muito eriçadas, de um periquito doente. Veja a categoria "Doenças" se ainda têm dúvida dos sinais comuns de doença nos periquitos. O eriçar de penas pode também ser uma maneira de o pássaro se manter quente. Isto funciona porque as plumagem eriçada mantém o calor, que forma uma camada isoladora entre o corpo do pássaro e o frio. É importante analisar as ações correspondentes a uma situação específica, para não confundir com outros comportamentos;
Súbito recolher de penas: Quando um pássaro está calmo, apresenta como já disse, uma aparência levemente inchada, por causa das penas. Se por qualquer razão, algo assusta o pássaro, este recolhe as penas imediatamente junto ao corpo. É uma reação natural, que indica que o periquito está muito assustado. Se mantiver o olhar, é perceptível o batimento cardíaco acelerado no peito;

Comportamento Dos Periquitos Australiano P/1


A descodificação e compreensão da linguagem do periquito e outras aves é sem dúvida uma das melhores formas de criar e manter uma relação alegre com a sua ave e vice-versa. Através do estudo da linguagem tanto vocal como corporal pode treinar, acalmar e satisfazer as necessidades dos seus periquitos de forma mais eficaz. As aves aprenderam a comunicar conosco através de sons, comportamentos e ações. E é através destes que podemos saber se eles se sentem felizes, assustados, doentes, com fome, cansados, irritados, confortáveis... Algumas das seguintes características são também comuns entre as várias espécies de aves:

Distensão das pernas: É um comportamento bastante freqüente entre os periquitos. Este estica simultaneamente a perna e a asa do mesmo lado para o lado ou para trás. Isto pode ser comparado ao nosso espreguiçar, quando começamos a ficar cansados de estar numa determinada posição. Quando o periquito retrai a perna normalmente fecha o pé em forma de punho. Se acontecer que o seu pássaro estica sempre a mesma perna ou asa, ou que não chega sequer a realizar este movimento, poderá ser uma indicação de doença, e nesse caso deverá vigiar o pássaro e se necessário, levá-lo ao veterinário;

Levantar as asas: O levantar de asas fechadas é algo que acontece com mais freqüência que a distensão das pernas. Isto pode preceder ou terminar no fim da distensão das pernas, ou ambos. É mais uma forma de espreguiçar, contudo pode também significar que o periquito sente calor e encontra desta forma, uma maneira de se arrefecer um pouco. E pode também significar sinal de satisfação ou alívio. Com os meus periquitos acontece que quando estão sozinhos e depois alguém aparece, eles levantam as asas, possivelmente em sinal de contentamento com a nossa chegada;

Pousar sobre um só pé: Acontece quando o pássaro está em repouso ou a dormir. Normalmente mantém uma perna escondida nas penas, mas pode até acontecer que descanse sobre ambas as pernas, porque há periquitos que também o fazem. Convém conhecer o nosso periquito e os seus hábitos para saber se esta ou aquela irregularidade faz parte do seu comportamento pessoal ou se indica alguma indisposição. Se o pássaro descansa sobre uma perna apenas, é sinal certo de que se sente bem com certeza. Porque, por exemplo se acontecer que o seu periquito normalmente descansa sobre uma perna apenas, e de repente começa a fazê-lo com as duas, pode ser sinal de doença, dores ou ainda poderá sentir-se inseguro por alguma razão;

Esconder o bico nas penas das costas: Como ágeis que são, os periquitos também conseguem rodar as suas cabeças em 180º para pôr o bico na plumagem, que levemente se eriça nas costas. É nesta posição que a maioria dos periquitos dorme á noite e descansa durante o dia, quando estão menos ativos. Por vezes, poderá ouvi-los a cantarolar ou chilrear muito baixinho;


Colocar lateralmente as asas: Este é um comportamento que tem três significados. Poderá ter como objetivo o de impressionar um rival ou uma fêmea; poderá ser um indicador de que ao realizar este movimento, se o pássaro ficar muito magro e soltar gritos estão com dores ou está terrivelmente assustado; pode também ser uma tentativa de libertar calor: um pássaro que voe durante muito tempo ou que não está habituado a voar (geralmente os mais jovens em fase de vôo inicial) tende a sob reaquecer com o esforço, e como tal, a abertura lateral das asas é uma forma de expulsar o calor. Tenha cuidado com a luz direta do Sol nos periquitos, que pode também causar sobreaquecimento;

Cuidar da cabeça: Como um periquito não consegue cuidar das penas da cabeça com o bico, um companheiro com quem se dê bem, talvez lhe possa prestar esse serviço. Se o periquito não tiver nenhum companheiro, este terá de utilizar as próprias unhas para coçar e limpar a cabeça. Quando o faz, não passa simplesmente o pé à frente do corpo, passa-o sim por debaixo da asa, de forma muito flexível. Em alternativa o periquito pode também esfregar a cabeça nas barras da gaiola, num poleiro ou num brinquedo. Se o periquito começar a tentar limpar o seu cabelo, a face, ou as pestanas, como faria com um companheiro da mesma espécie, essa é uma forma de ele lhe dizer que gosta de si e que está confortável consigo;
Bater energeticamente as asas: De forma geral, são os periquitos jovens que o fazem mais freqüentemente, enquanto se agarram ao poleiro e batem as asas, para exercitarem os músculos ainda não treinados. Os periquitos adultos fazem-no também quando não tiveram oportunidade de voar durante muito tempo. Também podem fazer isto quando se sentem aborrecidos ou descontentes com algo. Outra razão para o bater de asas, poderá ser a queda da pena, porque apesar da perda abundante de penas os impedir de voar temporariamente, continuam a ter necessidade de voar. Desde de que se saibam exatamente as razões, de modo a evitar uma queda do pássaro, deverá soltar as aves o mais depressa possível da gaiola, assim que apresentem este comportamento;

Bocejar: Todas as aves bocejam, e os periquitos não são exceção. Abrem muito o bico. Deverá arejar muito bem a sala, caso o periquito começar as bocejar demasiadas vezes, porque enquanto seres aéreos, os pássaros são muito mais sensíveis ao ar gasto do que o homem. Não só os bocejos se contagiam entre humanos, como também entre os periquitos. Quando um boceja é comum que o outro ou o grupo inteiro também o faça. É de denotar que o estado de espírito de um periquito, influência muito os seus companheiros, e é um comportamento muito típico entre os periquitos. Dou o exemplo dos meus: se um começa a limpar-se, o mais provável é que o outro ao lado também o faça e depois começam todos a fazer; o mesmo para o desejo de acasalar, ao sono e ao apetite. E em relação á comida, poderá inclusive acontecer que quando um está a comer, apesar de existirem dois ou mais comedouros livres, os seus companheiros tentem comer do mesmo comedouro;


Genética Dos Periquitos Australiano

Genética dos periquitos australianos

Boa galera, falar de genética não é tão fácil como imaginamos, como diz meu professor de biologia: Genética é como uma escada, vocês não pode subir pulando, pois corre o risco de cair, o certo é ir subindo degrau por degrau. E é isso que vamos fazer. Primeiramente vamos saber o significado de algumas palavras/expressões que fazem parte do vocabulário da Genética ao qual vamos precisar dominar.

Conceitos Básicos:

• Genótipo e Fenótipo: Genótipo são as características que herdamos dos nossos ancestrais e o Fenótipo é o que vemos. Vamos exemplificar?
Imaginem duas pessoas ruivas de cabelos longos e olhos pretos, elas resolveram ficar de acordo com a moda e para isso precisaram mudar o visual, ambas colocaram lentes azuis e deixaram o cabelo curto. Vejam só, genotipicamente elas são ruivas de olhos pretos e cabelos longo mas fenotipicamente elas são ruivas de olhos azuis e cabelo curto. Percebam que o genótipo é inalterável, nunca vai mudar. Já o Fenótipo delas pode sofrer ao decorrer do tempo varias variações. Assim também acontece com os periquitos, vamos agora imaginar um periquito Ino Ar, visualmente não dá pra saber que existe a mutação Ar por trás do ino, vemos apenas um periquito Ino, mas existe mais uma mutação lá, ou seja, fenotipicamente ele é um Ino, mas genotipicamente ele é um Ino Ar.

• Alelos: Todos nós, organismos vivos, temos em nosso código genético um conjunto de 26 cromossomos e este se encontra duplicado em cada célula animal. Os 26 cromossomos estão associados em 13 pares e os pares de cada gene são chamados de alelos. É importante destacar que cada gene é responsável por uma característica da ave, representa uma mutação, ou seja, cada mutação tem o seu gene especifico, portanto uma não pode ficar no local da outra.

• Alelos Múltiplos: Nem sempre acontece como eu disse logo a cima, existem casos específicos em que um alelo pode representar duas ou três mutações. São estes:

~► Asa cinza, asa clara e diluído
~► Ino e Corpo Claro
~► Faces amarelas Tipo I, II e III

Vamos entender melhor? Justamente por serem alelos múltiplos um periquito jamais será visualmente um Face amarela I e III, nem Diluído asa cinza e muito menos Ino e Corpo claro. Vale lembrar que isso ocorre apenas visualmente, pois como já vimos o genótipo não pode ser alterado logo genotipicamente um periquito pode ser as duas mutações.

Porque os alelos múltiplos não podem se manifestar visualmente?

Ocorre certa relação de dominância com os alelos múltiplos, ou seja, um domina o outro.
Se um periquito for, por exemplo, um Ino Corpo claro, visualmente só se manifestará a mutação Corpo claro, pois Corpo claro domina o Ino.
Assim como o Gold Face domina o Face Amarela tipo II e a face Amarela II domina a tipo I.
Como toda a regra existe uma exceção, a relação de dominância não funciona com duas mutações: Asa cinza e Asa clara. Ou seja, visualmente um periquito pode ser essas duas mutações, metade de cada uma. Porém asa cinza e asa clara dominam o Diluído.

Esse foi o nosso primeiro degrau dessa escada que denominamos genética, passaremos agora ao estudo das cores dos periquitos.

Coloração dos periquitos:

Como muitos já sabemos, o famoso periquito australiano em sua forma selvagem era encontrado apenas na cor verde. Estes periquitos selvagens são considerados homozigóticos (tem dois alelos iguais do mesmo gene) e quando cruzados com periquitos azuis seus filhotes são considerados heterozigóticos ( tem dois alelos de gene diferente, um gene verde e outro azul), A cor verde do periquito é considerada dominante em relação à cor azul.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Variedade Fulvo

                                  
Os "fallows" ou "fulvos" como são mais conhecidos aqui no Brasil, têm herança genética autossômica recessiva, ou seja, o gene que determina essa mutação pode ser portado tanto pelo macho quanto pela fêmea, já que ele não ocorre no cromossomo sexual (halossômico).

Vale lembrar que existem três tipos diferentes de fulvos conhecidos. O "Fulvo Alemão", que é o que ocorre na maioria absoluta dos exemplares fulvos que vemos, têm o olho cor de cereja, um vermelho brilhante, bem diferente dos olhos dos exemplares "Inos" (albinos e lutinos). Eles possuem também uma íris branca em torno das pupilas. O corpo é bastante despigmentado, principalmente na parte frontal do peito e as penas apresentam melanina marrom, diferente da melanina preta e da feomelanina (melanina de tonalidade marrom apresentada pelos exemplares Canelas). Há também outros dois tipos de fulvos, o "Fulvo Inglês", que tem fenótipo (aspecto físico) idêntico ao mutante alemão, só que não possui íris nos olhos, e finalmente o "Fulvo Escocês", também com a mesma aparência, porém com olhos cereja e íris rosadas.


                                       



terça-feira, 26 de março de 2013

Variedade Fator Canela

O Fator canela caracteriza-se pela diluição da intensidade da cor em todo o corpo, também nas manchas no dorso. A cor do corpo fica bem clara, diluindo 50% das variedades normais. Essa variedade pode ser cruzada com qualquer outra cor resultando a diminuição das marcas e da cor, excepto com o "ino", que em vez de clarear fica mais visível formando os Lacewings (Rendados). Essa é uma mutação ligada ao sexo.
                                             
  Fêmeas Canela.
                                                                   
      Os primeiros periquitos Canela surgiram na Inglaterra em 1931

segunda-feira, 25 de março de 2013

Variedade Arlequim Dominante Australiano

O primeiro periquito ARLEQUIM DOMINANTE AUSTRALIANO surgiu na Austrália em 1935.

O periquito ARLEQUIM DOMINANTE AUSTRALIANO (ADA) é aquele periquito que possui em seu dorso listras que seguem uniformes do topo da cabeça até o meio das costas do pássaro, terminando as asas com as cores do pássaro (amarela ou branca). O periquito arlequim se diferencia facilmente dos demais por ser manchado no peito e “barriga.”


ARLEQUIM DOMINANTE DUPLO FATOR

É o periquito que possui seu corpo quase todo branco ou amarelo, possuindo apenas alguns sinais ou manchas em seu corpo. Ele surge do cruzamento entre 2 ADAs.

                                       

Variedade Ino.

Os periquitos Ino (Lutino e Albino) são amarelos ou brancos e possuem olhos vermelhos. É uma variedade Ligada ao sexo, o macho tem o papel mais importante, a prioridade em passar os filhos inos, ou seja, sem um macho ino ou portador de Ino não poderá ter filhotes da mutação. A fêmea não pode portar essa mutação, pois é ligada ao sexo, então para termos machos e fêmeas ino teremos que ter um macho Ino ou portador e uma fêmea ino. Já se somente tiver o macho da mutação ou portador terão somente fêmeas ino.
 

                                                                    Femea Albina
                                               
Macho Lutino

                                         O primeiro Lutino conhecido data de 1875 na Bélgica.

domingo, 24 de março de 2013

Variedade Arlequim Recessivo

                                       Arlequins Recessivos ( Ar )


        Chamamos de arlequins (ou arlequíneos) todos os periquitos que apresentam como característica principal o corpo e as asas “malhados”. O primeiro arlequim recessivo surgiu por volta do ano 1932 na Dinamarca e por isso é conhecido como arlequim Dinamarquês, principalmente na Europa.

       O AR (arlequim recessivo) juntamente com o claro de olhos pretos (cop) e os fulvos ingleses, são as únicas variedades que não apresentam a íris branca, possuindo olhos completamente negros. Esta característica é muito importante para diferenciá-los de alguns AD (arlequins dominantes). Os machos possuem a narina em tom rosa, ao contrario dos normais!

       Os iniciantes, na intenção de obter maior número de Ars, acabam acasalando AR com AR. Não é proibido este acasalamento, mesmo porque terá toda a prole de recessivos, mas pelo fato de que não acrescentaria nada de melhor no periquito. Devemos primar pelo melhoramento de cada mutação e no futuro poderemos ter recessivos com o mesmo porte e a mesma desenvoltura dos ditos "normais" e dominantes. Por esse fato devemos cruzar um Ar com um normal, dos melhores que tivermos. Desta feita conseguiremos toda uma prole de portadores de AR. Á partir destes portadores, daí sim, cruzar com ARs e os novos filhotes ARs nascerão maiores e melhores. 
    Muitos normais/AR ( /esta barrinha siguinifica portador) apresentam uma mancha clara atrás da cabeça, são chamados split e são os melhores portadores á serem utilizados.

       
         


                                         

Variedade Violeta

                                                      PERIQUITO VIOLETA 

O fator violeta pode ser encontrado em aves da linha azul quanto da linha verde, por ser um fator dominante ele possui fácil propagação.

Só é violeta visual nos azuis e com no máximo um fator de escuridão, ou seja, no máximo num azul cobalto.Sê o periquito for um malva não poderá ser um violeta visual, pois o malva tem dois fatores de escuridão. Por isso teremos azul celeste violeta e azul cobalto violeta. O malva é muito escuro para permitir que outro fator escuro se expresse.

Nos violetas não podemos falar desta maneira, pois um periquito não porta violeta, ele “tem, possui” um ou dois fatores violetas e nem sempre quando acasalado com igual terá filhotes violetas.Portanto o periquito que conhecemos como violeta é um azul com fator ou fatores violeta.

Todas as outras cores podem ter o fator violeta, um ou dois fatores, o que irá escurecer a cor deste exemplar, diferenciando de outro que não o possui, mas nenhum destes será violeta visual. Um verde escuro com fator violeta será mais escuro que um verde escuro que não possui, etc.
Serão violetas visuais quando forem: Um celeste com dois fatores violetas, um cobalto com um fator violeta e também um cobalto com dois fatores violeta.